Prazer Mulher, Esta é a Sociedade!

Autora: Larissa Lozeyko - 1º7

Nossa contemporaneidade é resultado de várias transformações por quais passaram nossa sociedade. Um dos ícones de transformação que mudaram nossa sociedade no século passado e continuam a mudar no século XXI é o papel social da mulher. No passado viviam sob forte preconceito, com papéis muito bem definidos e estáticos, eram apenas donas de casa ou mulheres mães, eram proibidas de terem funções remuneradas, não tinham oportunidades de aprender algo novo, alguma coisa que pudesse aumentar sua própria satisfação. Não podiam votar, descartadas, por uma sociedade retrógrada, de suas opiniões, nem sequer tinham direito a se expressar. Era assim mesmo, tudo um grande sofrimento, onde as mulheres ficavam caladas.
A história da humanidade nos mostra que por um longo tempo, homens e mulheres, não tinham os mesmos direitos e deveres. Em alguns países isto ainda é visível mesmo nos dias atuais, porém, em outros, as mulheres conquistaram seu espaço passando a ter seus direitos respeitos que muitas vezes lhe eram negados.
Apesar da luta feminina e de já ter conquistado muitos direitos, em nosso país, para se ter idéia, as mulheres chegam a ganhar quarenta por cento a menos que os homens para exercerem a mesma função.
No ano de 2000 foi criado “Os objetivos do milênio” pela ONU (Organização das Nações Unidas), onde consta oito jeitos de mudar o mundo, sendo que o item três reitera a luta da mulher, onde diz que: “Igualdade entre sexos e valorização da mulher”.
Como já dito, a mulher por um longo tempo na história da humanidade, luta pelos seus direitos, por sua valorização e pelo seu espaço na sociedade, e como reconhecimento a esta batalha comemoramos no dia 8 de março o Dia Internacional da Mulher.
Como parte da conquista desta luta podemos constatar que o número de mulheres presentes no mercado de trabalho vem crescendo demasiadamente, onde hoje já se pode ver mulheres ganhando mais do que os homens, um exemplo onde isto ocorre é em Brasília, onde seu salário em média é maior. Também se pode observar que as mulheres são mais rápidas, jeitosas e cuidadosas no trabalho, menos estressadas e ansiosas.
Porém, em alguns casos a mulher deixa a essência do que é ser mulher para trás só para poder competir no mercado de trabalho; isto é resultado de um mundo ocidentalizado neoliberal que faz com que as pessoas tornam-se cada vez mais competitivas e isso inclui o lado feminino. Portanto, ao lutar por valores iguais, as mulheres, muitas vezes deixa o seu próprio valor de lado, há ainda mulheres que preferem ser mães, dedicando todo o seu tempo para os seus filhos e afazeres domésticos, mas há também, como já dito, a mulher que se transforma e se dedica inteiramente ao trabalho, deixando de lado seu pensamento de casar e constituir família, estas que deixam o lado feminino e trabalham no meio de diversos homens, acabam muitas vezes por ganhar funções, promoções ou nomeações inadequadas, como aquela que faz o “conhecido” cafezinho ou a que faz o arroz na hora que organizam o churrasco... , todos papéis historicamente construídos que, apesar das transformações e do novo papel da mulher, ainda estão cristalizados nos valores sociais de alguns.
Muitos homens e mulheres ocupam lugares diferentes na sociedade, é preciso refletir sobre o lugar da mulher na sociedade brasileira. Ela conquistou seu espaço, mas acabou acumulando papéis, funções e responsabilidades. Bom seria se o trabalho doméstico fosse valorizado como os demais trabalhos e que também, as funções fossem divididas igualmente entre os gêneros.
Mas afinal, o que as mulheres realmente buscam? A resposta pode ser a busca de igualdade entre os sexos, valorização de ambos com direitos iguais constituindo, desta forma, um sociedade equilibrada e plena, onde a diferença de gênero torne-se um assunto do passado. Uma grande parte dos direitos já foram conquistados pelas mulheres, porém a luta de novos direitos ainda está longe de ser vencida, e, além disto, é necessário a difusão dos direitos já conquistados pelas mulheres para àquelas que ainda vivem em sociedades onde são estigmatizadas, preconceituadas, estáticas e submissas aos homens.